eram de estar no chão
torturados
servis
marionetes do destino alheio
na mecânica de passos
imprevisíveis
não se sabe como
voaram
e pousaram
e agora assinam
seu destino de colcheias
como cifras de um trigrama
no vento
reinventam
música no céu
de Cláudia Vasconcellos
sábado, 24 de maio de 2008
88. São Paulo_Av. Indianópolis 16.06_16_04_2007
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
domingo, 17 de fevereiro de 2008
1. São Paulo: R. Araújo 22:32 06/04/2007
Emelia Reilly
Contar a história de um sapato seria simples, se o sapato não fosse um tão importante como este. Bem, importante pra mim. Importante agora. No ano passado talvez eu nem reparasse nele, talvez, apenas talvez... pelo que me conheço o sapato ia parar meu mundo mesmo sem saber o pq disso.
Para contar a história desse sapato, talvez eu tenha que começar com a de outros sapatos. Na verdade terei que contar as minhas histórias com sapatos.
Meus sapatos de Cinderela.
Nunca fui dessas meninas viciadas em sapatos, que tem mil pares no armário. Tinha 4: um tênis (tipo chuteira, que minha professora dizia ser a razão deu não ter um namorado: “quem vai querer namorar uma menina tão doce que usa chuteira? Parece um pavão, toda colorida e com essa coisa feia no pé!”); uma sandália (de tiras comprada na feirinha hippy mesmo); a bota de cano alto pra descer no fundo do quintal (aquela que meu pai comprou igual pra toda a tchurma, a que a gente apertava na ponta antes de colocar pra garantir que não tinha cobra, aranha ou escorpião escondido); e diferente do que possa pensar, eu não tinha uma havaiana, nunca me dei bem com chinelos (usava rider quando era mais nova, acho que foram os melhores carros da Barbie), gostava de pantufas (principalmente uma amarela encardida que um dia, sem querer, foi passear comigo na casa da amiga da minha mãe). Isso me bastava, pra quê mais sapato se só tenho dois pés?
Um dia, pulou na minha frente o sapato perfeito: meu sapatinho de cristal. Nesse momento, tenho que explicar que minha visão das coisas costuma ser levemente destorcida. Vejo tudo como se fosse um desenho animado, com magia e encanto. Era um sapato indiano, mais pra uma sandália... de couro, costurada à mão, toda bordada, colorida e cada pé era dum jeito (bem deveria ter um par certo, mas tava difícil de achar... e se eu uso uma meia de cada par pq não usaria um sapato de cada tipo? ). Comprei quase que na hora... dei umas voltinhas... olhei pro lado, mas meu impulso feminino de compradora compulsiva foi mais forte. O dia seguinte estava gelado, mas menina com sapato novo não liga pra isso. Tirei um plástico que não tinha nenhuma utilidade aparente e usei a sandália o dia inteiro. Durante o dia descobri a utilidade do tal plástico, era para proteger meu pé, ficava ali para garantir que o couro do sapato não arrancaria o couro do meu pé. Morri de frio e de dor, mas estava linda. Decidi usar o sapato em dias especiais. E foi assim que aconteceu.
A primeira grande aparição foi para um trabalho da faculdade. Tinha que fazer o catálogo da minha loja imaginária, era uma loja de roupas indianas. A loja era minha e queria colocar nela as coisas que eu gostava... por isso: contos de fadas. O catálogo e a vitrine seriam como uma novela, um filme, uma peça. Seriam contos de fadas com roupas indianas. Escolhi Cinderela para o primeiro momento. Peguei umas amigas, distribui os papeis... o príncipe encantado eu já sabia quem era e ele topou. A minha vontade de ser a Cinderela ficou guardada, bem escondidinha pra ninguém ver... eu tinha que tirar as fotos, deixar tudo com o meu enquadramento, não dava pra arriscar um trabalho todo só pelo capricho de dizer que eu era a Cinderela. Todas as fotos foram tiradas com a roupa que cada um tava no corpo (eu ia desenhar as roupas por cima depois... e desenhar as pessoas também), a única peça que a gente tinha de verdade era o “sapatinho de cristal”.
Sapatinho caído na escada: OK!
Sapatinho na mão do príncipe: OK!
Sapatinho no pezão gordo da irmã má: OK!
Sapatinho no pé da Cinderela: ????
-Putz! Não cabe no meu pé Mila, vai ter que ser o seu.
Se a gente tivesse combinado não dava tão certo. Minha amiga pegou a câmera rápido e foi me empurrando na direção dele, que segurava o sapato sem ligar muito pro que acontecia. Fiquei parada, de pé, num pé só e ele colocou o sapato com toda a delicadeza do mundo. Mentira, ele parecia um pedreiro, um bruto, um selvagem... era como se alguém tivesse colocando uma ferradura no meu pé... isso, foi bem assim que aconteceu. Devo confessar que adorei a cena, foi mega espontânea e bárbara, mas as meninas estavam no clima “e viveram felizes para sempre” e ficaram putas da vida com essa falta de tato (tão bravas que nem tiraram foto nessa hora), pediram pra ele fazer direito. Menino príncipe bem humorado segurou o sapato com uma mão, como se este tivesse um décimo do peso de uma pluma, e com as pontas do dedo indicador e do dedão da outra mão, segurou delicadamente, quase sem tocar, o meu calcanhar.
“CLICK!!!!”
Bom, depois de um mês fui viajar pro lugar mais mágico que conheci: Pirenópolis (GO). Choveu, o sapato molhou, coloquei pra secar, choveu mais e assim continuou o ciclo por um mês... até que o sapato mofou... entrei
Um tempo depois (na verdade, dois anos depois) encontrei um novo sapatinho de Cinderela indiana. Agora eu já sabia da magia do sapato, nem pestanejei. Coloquei a mão dentro da bolsa e disse: “vou levar esse”. Esse era todo fechado na frente, bordado como aquele primeiro, cada pé dum jeito também. E tinha um detalhe que parecia dispensável, por isso cortei fora uma tirinha que tava na ponta... eu disse que a tal ponta vinha na direção da minha perna? Bem ela vinha, e ficava bem no meio do meu pobre pezinho... e como da outra vez, cortar coisas fora foi uma péssima idéia. Aquela ponta charmosísima, a bossinha do sapato, a cereja do sunday, era na verdade uma maldição. Ela furou meu pé, fiquei com um machucado em cada pé, horrível, de sangrar mesmo... e depois ficou a casquinha, e uma marca por um tempão... parecia que eu tinha sido crucifixada. Toda vez que usava doía, e doía muito... só que o sapato dava sorte. E toda vez que usava coisas bonitas aconteciam... vários dos dias da minha coleção de dias tiveram participação especial desse sapato... portanto um machucadinho de nada não me impediria de usá-lo.
O dia que mais gostei de todos foi o que começou no começo. É que tem dias que só ficam legais depois de um tempo. Mas esse... ah, esse não. Esse foi um dia que começou no primeiro segundo. Começou quando o mocinho chegou, mal chegou e já saímos. A gente ia tomar sorvete, o que seria ótimo de qualquer forma (adoro essa combinação: mocinho especial + sorvete). O Mundo resolveu me dar de presente uma cena dessas de filme, dessas sutis que ninguém repara. Mas eu reparei... nem sei se ele viu tudo aquilo acontecer, ou só soube depois de ver os desenhos (ou ainda não sabe, não notou, nem acharia importante). Opa, estou mudando de assunto, de volta à cena: eu tinha abaixado para pegar uma flor caída no meio do caminho, daquelas simples e cheirosas. Ele soprava as primeiras bolhas de sabão em 15 anos (não entendo como as pessoas ficam tanto tempo sem fazer umas coisas tão legais, e também não entendo pq sempre dizem que faz 15 anos... será que faz tudo isso mesmo?), uma lua quase cheia olhava pra gente no céu ainda claro e os sinos da igreja marcavam 6 horas da tarde. Por mim, tudo isso foi memorável, foi digno de ser lembrado, contado e desenhado... mas não sei se outra pessoa no mundo veria tanta importância nessas pequenas coisas.
Bem, de tanto caminhar com o tal sapatinho mágico, ele gastou a costura, e a sola se desfez, começou a abrir... até insisti, usei mesmo com meu pé saindo por um lado, mesmo com o dedão pra fora, mesmo quando ele tava todo desmilingüído... até que um dia criei coragem e joguei fora o sapato da sorte. Adeus dias de Cinderela parte 2.
Até esse ano só tive sapatos especiais que comprei, talvez por isso eles tivessem praso de validade na minha vida amorosa... hummm, melhor explicar isso direito né?
Acho que cada moço tem seu sapato, digo, para cada moço, tenho um sapato. E o sapato que diz o tempo do moço, o meu tempo com o moço.
Acontece que esse ano o sapato veio de outra forma. Sim, ainda como sapato, mas não era numa loja, não tinha ninguém vendendo. O sapato veio e pronto. Dessa vez foi tudo diferente. O dia costumava ser bom depois do sapato ser calçado. Nesse dia o sapato apareceu na minha frente para “coroar” o dia, para mostrar sua importância (como se eu já não tivesse notado que aquele era um dos melhores dias, dos mais mágicos e cheio de sinais e pedidos realizados). Contarei o dia do princípio até o sapato aparecer... e depois continuo a contar as influências desse sapato mágico em outros dias incríveis.
Julho, começo do mês. Viagem até Jacareí. Espera, não foi bem aí que começou, vamos voltar para Janeiro, num pic-nic no parque Ibirapuera. Um monte de gente desconhecida, pessoas doces e maravilhosas. Uma amiga fada que vira do nada e diz: “conheço sua alma-gêmea. Detalhe importante, ela disse isso dois segundos depois deu contar que estava namorando, dois segundos depois de horas e horas de uma linda história contada por um sorriso apaixonado. Não levei muito à sério. Mentira, levei sim, gelei, e se fosse verdade? Eu perderia minha alma-gêmea pq estava namorando? (sempre fui contra namorar qualquer um, ficar com qualquer um, acho que se não for a pessoa certa a gente não pode ficar, vai que nessa O cara aparece e desencana só pq a gente tem namorado? Fora que é injusto com alguma outra pessoa que gosta do cara e não tem ele por puro caprixo nosso) Eu terminaria um namoro para descobrir se ela tinha falado a verdade? (pra ouvir mais uma vez todas minhas amigas brigarem comigo pq termino relacionamentos antes mesmo deles existirem... é, melhor não). Uma pessoa que me viu por três segundos poderia me conhecer tanto a ponto de saber que era minha alma gêmea? Não paguei para ver, deixei o mundo girar até ser levada à ele). Assim que voltamos pra casa ela me mandou uma foto dele, para “provar” que era minha alma gêmea mesmo. O golpe foi baixo, como ela poderia saber que a foto de peter pan iria me derrubar tanto?
Em Julho a gente já era muito amiga, melhores amigas, amigas de infância. Ela, uma outra amiga e eu. 3 fadas, mãe e filhas... uma família nova, um grupo especial e muito querido. Fomos pra casa da fada querida, que mora
Na quarta, fomos na rua da casa dele roubar romã para fazer poção do amor (tente juntar 3 fadas sem que elas façam poção). Cena patética, bizarríssima, das melhores. Depois de fazer pezinho duplo pra Natália pegar a romã (a primeira estava podre), viramos pro lado e tinha um pé de cana de açúcar. Olhinhos brilhando, o sorriso maroto das 3 nem precisava de tradução, a gente sabia que a poção merecia aquela cana... só que ninguém tinha um canivete naquela hora... o que devo dizer, foi perfeito, pq assim, o mundo se encarregou de fazer as coisas direito. No dia seguinte ELE apareceu com a cana na mão. Poção do amor com ingredientes da rua DELE e que ELE trouxe. Dá pra ser melhor? Eu poderia divagar horas e horas sobre esse momento, mas tenho que lembrar que a história é do sapato e não minha... passarei para o dia seguinte. Sexta feira 13. no fim da tarde, fizemos a poção. Luz de velas, música celta (as fadas vieram da Irlanda?). bem, eu já tinha deixado preparado um vidrinho para levar a poção para ele... não sabia direito como seria isso... minha única certeza era que ele tinha que tomar, merecia tomar, gostaria de tomar. Fomos levar na casa dele. Algo nos dizia que o moço não estaria, portanto, fizemos um micro cartaz explicando o que deveria ser feito (vai que ele pensa que é um enfeite e não toma a poção?).
“É PRA BEBER
(ler com voz de criança)”
Chegamos lá, e como previsto, ele não estava... estava gelada e queria sair de lá correndo o mais rápido possível. Joguei o bilhete portão a dentro e quando estava pronta para colocar o vidrilho lá dentro, a Natália teve o brilhante pensamento: “ e se alguém passar aqui antes e pegar isso?” putz, melhor tirar daí. Estiquei o braço e nada, faltava aquele meio milímetro de dedo para alcançar a maldita folha... cada vez com mais medo dele aparecer e ver a cena patética, puxei a saia pra cima e coloquei minha perna coberta pela meia calça azul entre as barras do portão. Tive o cuidado de tirar o sapato antes de fazer isso (era só o que me faltava, perder um pé de sapato dentro da casa dele... se bem que a idéia não me parecia tão má... Cinderela foi encontrada pelo príncipe por culpa do sapato, vai que essa é a formula?!). as duas gargalhavam com a possibilidade dele aparecer do nada. As duas gargalhavam imaginando as desculpas esfarrapadas que dariam para explicar pq tinha uma menina com a perna entalada no portão dele...
Fomos andando pela rua, quando surgiu uma estrela cadente no nosso caminho. A Natália pegou a estrela e colocou na minha cabeça (ta vai, era uma presilha de criança, laranja com gliter). Quando vemos uma estrela cadente, um pedido deve ser feito, nesse caso não seria diferente. Fiz meu pedido. Não deu meio segundo e ele se realizou. Surgiu do nada um carro com ele dentro. Abriu a porta e gritou na nossa direção. O carro continuou na direção que ia, e a gente parou, virou pra traz e gritou “VOLTAAAAAA”. Tudo bem, eu falo a verdade, quem gritou fui eu. Um desses segundos ariana impulsiva sem noção. O carro parou e ele veio correndo pra gente. Depois deu voltar aos 13 anos em meio milésimo de segundo, entreguei a poção (provavelmente sem nem olhar nos olhos dele). Cada um foi prum lado. Bem, ele pra um e nós pro outro... e heis que surge diante nossos olhos o sapato de Cinderela. Um sapato dourado, de salto e bico fino, sapato todo “pomposo”.
Era da Cinderela, certeza que era. Se não fosse, era um sinal de que ele era o príncipe certo. O sapato era grande, bem maior que meu pé ou de qualquer outra “donzela”. Mas será que não era isso? Será que a graça não estava em moldar o sapato e fazer dar certo? Será que não foi apenas um sinal do mundo dizendo que era ele, que poderia ser ele, mas eu teria um pouco de trabalho?
Acho que já mencionei a coleção de dias antes né?! Bem, o sapato faria parte dela, isso era fato. Mas a coleção é toda guardada em potinhos de vidro... e um sapato 39 não cabe em qualquer pote, as bocas eram muito pequenas e ele não entrava
Depois de um bom tempo, meses, vários meses... entrei em parafuso e todas minhas certezas viraram dúvidas. Em vez de achar que o sapato era um sinal de que era ele o cara, achei que o sapato era a prova do contrário. Que se fosse ele, o sapato seria do meu tamanho... e bem, teve um outro sapato nesse meio tempo que forcei a barra pra dar certo, que comprei errado e depois troquei pelo tamanho do meu pé... bem, tudo isso me parecia certo, certo de que eram invenções malucas para ter o cara, e que ele não era o cara certo mesmo, que os sapatos já tinham me dito isso e eu que recusei aceitar a realidade. Estava certa de tudo isso até que o mundo me jogou o sapato de volta.
Foi no dia da exposição, quando dei de cara com o sapato, depois de largar o moço na cidade dele e vir embora correndo, como se fugisse de algo, dou de cara com O sapato pendurado na parede. A única história que ouvi entre as milhares de fotos de sapatos incríveis, foi a dele. Tinha um monte de sapato jogado na calçada, uns 15 mais ou menos. Só que a máquina fotográfica não estava por perto. Quando a foto finalmente pôde ser tirada, depois duma corrida alucinada pra pegar a máquina, os sapatos tinham sumido. Todos eles, MENOS meu sapatinho de cinderela.
A ultima aparição foi numa loja. Saí para comprar tecidos e todas as lojas do mundo estavam fechadas, o único lugar que encontrei foi uma loja de sapato. Entrei sem pretensão de comprar alguma coisa, só pra xeretar mesmo. E dei de cara com ‘meu’ sapatinho. Do meu tamanho, para vender. Experimentei e ficou perfeito, como se tivesse sido feito sob medida. Ó duvida cruel! Levo ou não? Foi aí que entendi. O sapato não era pra ser meu, o sapato representa ele na minha vida. Aparece sempre que ele surge. Não tenho o direito de compra-lo. Não me pertence, pertence ao mundo. E se for pra ser meu, será por escolha própria, e não porque eu comprei um sapato.
Ok, eu aceito. Ele faz parte da minha vida mesmo se eu não quiser. Eu quero, claro que quero. Só não tenho controle sobre isso. Essa parte só descobri agora. É que não tinha mencionado um outro sapato até agora. O sapato comprado. Um de cinderela indiana. Comprei pruma festa onde iria encontrar com ele pela segunda vez na vida. Comprei num dia de chuva, eu tava com a “chuteira no pé”, e por causa do temporal que ocorria na cidade inteira, coloquei um plástico envolto por silvertape.
Na hora que pedi pra ver o sapato, a moça tinha 3 cores. Um azul que combinava com a roupa, um amarelo que me lembrava o dourado do sapato “dele” e um cor de rosa que não me agradava muito (odeio admitir que tenho meus dias rosinha). O azul não tinha no meu tamanho... o amarelo por mais que fosse o tamanho certo, parecia pequeno. Mas sou teimosa, MUITO teimosa e levei mesmo assim, sem provar nem nada (já que seria impossível me livrar de tanto plástico e fita).
Cheguei em casa e não serviu. Óbvio que não ia servir, eu já sabia disso, mas insisti no erro. Pronto, era mais um sinal de que ele não era o cara certo. No dia seguinte fui trocar pelo rosa, que coube direitinho. Esse sapato, diferentemente dos outros era frágil. Quase de papel, sola bem fina. Quase todas as vezes que usei choveu, e parecia que a sola ia se dissolver. Mas quando secava estava firme outra vez.
Agora sei que os sapatos que comprei não traziam eles pra mim, os sapatos sempre foram o que eu sentia, a minha forma de enxergar os garotos, os moços, meus príncipes. O que rasgava, despedaçava, mofava... era dentro de mim, não neles. E a fragilidade desse ultimo sapato mostrou o tanto que eu estava oscilante, como mudava de idéia e pensamento em relação à ele a cada segundo...
Estou descalça no momento, e ficarei assim até um sapato servir sem precisar cortar fora um dedão ou colocar algodão na ponta.