sábado, 24 de maio de 2008

88. São Paulo_Av. Indianópolis 16.06_16_04_2007



eram de estar no chão

torturados

servis

marionetes do destino alheio

na mecânica de passos

imprevisíveis



não se sabe como

voaram

e pousaram

e agora assinam

seu destino de colcheias

como cifras de um trigrama



no vento

reinventam

música no céu



de Cláudia Vasconcellos

2 comentários:

Mila Reily disse...

que delícia!!! perfeito!!! incrivel e delicado. Flutuante, é isso, FLUTUANTE

Natalia Mallo disse...

que belo poema!